Siscomex atrasa liberação de peça

Declarar importações à Receita Federal foi neste mês motivo de grande dor de cabeça para diversas empresas do setor automotivo. A instabilidade de uma nova versão do Siscomex, o sistema por onde as companhias informam ao Fisco o que estão trazendo do exterior, dificultou essas declarações, com consequentes atrasos na liberação de cargas em portos.

Como resultado, companhias afetadas relatam maior custo da operação ­ dada a conta extra por terem mercadorias armazenadas em terminais portuários por tempo acima do normal ­, assim como, em casos extremos, impacto na produção por falta de matérias­-primas nas fábricas.

Na primeira semana de maio, o antigo Siscomex, que precisava ser instalado no sistema operacional Windows, foi substituído por uma nova versão operada na internet. Ao permitir que as transações sejam registradas diretamente no site da Receita por qualquer computador, a mudança tenta facilitar a vida do importador. Porém, num primeiro momento, as empresas tiveram que enfrentar transtornos com a lentidão do sistema.

Fontes da indústria e operadores portuários consultados pelo Valor dizem que o Siscomex apresentou instabilidade na primeira quinzena do mês, mostrando melhora de funcionamento apenas nesta semana, ainda assim com alguns picos de lentidão até, pelo menos, terça-­feira.

A principal queixa é a demora para se concluir os processos, sobretudo em horário comercial (entre 8h e 18h), quando o sistema é sobrecarregado. A saída tem sido recorrer a horários alternativos, como o período do almoço e, até mesmo, madrugada ou fins de semana. Mesmo assim, durante as duas últimas semanas ­ o período mais crítico ­, não foi muitas vezes possível concretizar os registros. Um executivo dessa área afirma que chegou a levar quatro horas para concluir a declaração.

A demora para liberar mercadorias, já que a retirada de cargas depende do documento, causou apreensão em indústrias que operam com estoques enxutos de matérias-­primas. Por falta de peças, uma grande montadora de caminhões informa que foi obrigada a parar a produção na terça-­feira. A fabricante, que não quer ter o nome divulgado, diz que até a quinta­-feira da semana passada tinha 40 contêineres parados no porto de Santos por não conseguir registrar processos no Siscomex.

Segundo a Receita Federal, o funcionamento do sistema mostrou instabilidade em alguns momentos entre os dias 4 e 8 de maio, quando houve a migração para a nova plataforma. Contudo, após isso, o órgão informa não ter registrado “qualquer anormalidade”. “A quantidade de acessos e registros de declarações de importação seguem comportamento histórico, sem mais registros de instabilidade”, diz a Receita em nota encaminhada ao Valor.

A Anfavea, entidade das montadoras, assim como a Abeifa, que representa empresas importadoras de automóveis, relata, porém, que a oscilação do sistema persistiu após a primeira semana de implementação. Essa versão coincide com as informações de operadores logísticos e despachantes aduaneiros ouvidos pelo Valor. Essas fontes, no entanto, dizem que o sistema passou a funcionar melhor a partir de quarta-­feira.

Valor Econômico

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