Capital externo na saúde vai garantir vendas de equipamentos hospitalares

Expansão dos serviços de saúde privada, impulsionada pelo avanço do emprego no passado, já começa a dar sinais de arrefecimento e influenciar a demanda da indústria, dizem as fabricantes

O ingresso de investimentos estrangeiros em negócios de saúde pode garantir a demanda da indústria de máquinas e equipamentos hospitalares em 2015, diante da desaceleração da economia. Isso porque, no cenário de retração, renda e emprego começam a ficar escassos, preocupando o setor.

“A área de saúde vinha crescendo dois dígitos nos últimos anos, um reflexo do aumento da procura por serviços médicos [impulsionada pelo maior número de pessoas no mercado de trabalho]. Mas se o desemprego aumentar, a carteira de seguros de saúde tende a não apresentar um crescimento como o que vinha acontecendo. E o setor pode sentir os efeitos dessa desaceleração”, observa o gerente geral da divisão de Imagem da Siemens, Fernando Narvaez.

Embora visualize um cenário macroeconômico difícil, o diretor-geral Brasil da General Eletric (GE) Healthcare, Luiz Verzegnassi, acredita que o déficit na estrutura brasileira de saúde pode sustentar o crescimento das vendas de máquinas e equipamentos hospitalares.

Ele pondera, porém, que as empresas de menor porte têm demorado mais para decidir a compra.

Em função desse quadro, a Siemens já reforçou a oferta de produtos de baixo custo operacional. “São equipamentos que atendem a demanda do cliente que está com a capacidade de investimento reduzida este ano”, explica Narvaez.

De acordo com o vice-presidente de HealthSystems da Philips América Latina, Daniel Mazon, apesar da desaceleração da economia, a entrada de capital estrangeiro no mercado de saúde deve impulsionar os negócios. “O mercado de saúde, principalmente no Brasil, continua muito atrativo”.

A Lei 13.097/2015, em vigor desde o início deste ano, autoriza o aporte de recursos internacionais nos serviços brasileiros de saúde.

Interior

Mazon destaca que a interiorização da saúde também pode ser uma alternativa para garantir as vendas no atual cenário. “Buscamos maneiras de criar produtos que conectem os serviços de saúde no interior com as centrais”, detalha.

O presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed), Carlos Goulart, ressalta que a adaptação de produtos para os clientes do interior é parte importante da estratégia de evolução da indústria.

“O mercado no interior é uma oportunidade tão boa que as fabricantes estão preocupadas em customizar o produto para cada região e cada perfil de cliente”, ressalta Goulart.

A Siemens, por exemplo, lançou nesse ano uma unidade móvel de tomografia em parceria com a fabricante de implementos rodoviários Truckvan. “A proposta é atender não só a rede pública, mas também redes de laboratórios que querem expandir as áreas de atuação em cidades de menor porte”, conta Fernando Narvaez.

Para a alemã Dräger, as vendas no interior podem representar uma recuperar em 2015, explica o diretor nacional da Dräger Brasil, Holger Johannsen. A empresa vai levar uma unidade móvel para realizar cursos de capacitação e apresentar o portfólio da marca para um número maior de potenciais clientes. Segundo ele, o objetivo é tentar driblar o impacto negativo da desvalorização do real sobre os preços dos equipamentos importados da sede na Alemanha.

Financiamento

Os executivos esperam que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mantenha a linha de crédito para o financiamento de máquinas e equipamentos produzido no Brasil – o Finame -, apesar do aperto aplicado para alguns segmentos da economia interna.

“A oferta de crédito para o setor não deve ter nenhum corte radical no curto prazo”, aposta Fernando Narvaez da Siemens, considerando a carência em infraestrutura médica ainda existente no País.

Por conta disso, ele conta que a Siemens continua investindo na produção local. “Por ser produzido no País, o nosso principal lançamento este ano pode ser financiado com recursos do Finame”, acrescenta.

DCI

Por Jéssica Kruckenfellner

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